• abril 24, 2021
  • Dra. Mayra Fernanda
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É caro introduzir meu filho a um programa de prevenção? Entenda:

Investir na saúde do seu filho é caro? Eis uma pergunta importante para se fazer nesse momento.

É de conhecimento de todos que vivemos uma situação delicada, e também, onde nosso dinheiro é completamente desvalorizado. Se você, pai, mãe, tio, tia, avô ou avó, possui condições de inserir seu pimpolho em um programa de prevenção, se puder inseri-lo ainda bebê, faça isso.

A Prevenção nada mais é do que consultas realizadas de 3 em 3 meses (4 vezes ao ano), onde o Odontopediatra irá realizar um exame clínico minucioso, e verificará se há alguma alteração em algum dentinho (se não houver, excelente, se houver, ele irá propor ou realizar um tratamento de imediato), e além disso, fará a aplicação tópica de flúor para fortalecer a matriz orgânica do esmalte dentário contra ácidos oriundos do metabolismo de bactérias cariogênicas.

Em caso de bebês, a Prevenção é realizada logo nos primeiros dias ao nascimento da criança, onde os papais irão receber todo o auxílio e explicações sobre o que esperar no nascimento dos primeiros dentinhos e também na higienização da gengiva e língua do bebê. Logo que o primeiro dentinho nascer, a aplicação tópica de flúor já será realizada (juntamente das anotações clínicas quanto a saúde do dentinho).

Após a realização do exame clínico, é feito a aplicação tópica de flúor.

Geralmente, os Programas de Prevenção podem ser conseguidos gratuitamente nos Postos de Saúde de sua cidade, ou em Faculdades de Odontologia (como a FOA/UNESP, minha casa de formação), mas caso não exista nenhum programa disponibilizado pelo governo em sua região, a alternativa é procurar por Odontopediatras particulares.

O custo médio de um Programa de Prevenção (4 consultas) por ano gira em torno de R$900 até R$1.800,00 reais, e o valor sempre vai depender de sua região.

Pensando nesse valor anual, o quanto lhe custaria se seu filho tivesse problemas com diversos dentes cariados, problemas oclusais (necessidade de aparelho pela perda precoce de dentes) e até mesmo de próteses na idade adulta? Qual seria o trauma de uma criança que tivesse que passar por diversos procedimentos onde é necessário anestesia local? São esses traumas que depois ficam na criança até a fase adulta, dificultando sua ida ao dentista para tratar problemas que lhe acompanham desde a infância.

Pareço estar exagerando, não? Mas essa é a realidade quando uma cárie em um único dente é negligenciada. Vira uma bola de neve.

Crianças que vão ao Odontopediatra desde bebês tendem a colaborarem na clínica do cirurgião-dentista.

Adultos que hoje possuem traumas de dentistas, geralmente tiveram algum trauma na infância com dor relacionado ao dente, e a intenção é invertermos esse quadro: transformar as crianças dessa geração e das próximas em adultos com uma excelente saúde bucal e que visitam o cirurgião-dentista regularmente para consultas periódicas (sabem da importância de cuidar dos dentes, pois sempre fizeram isso).

Não se esqueça, prevenir é melhor do que remediar!